terça-feira, 17 de julho de 2018

Minha História


Numa casa humilde do sítio Córrego, município de Iguatu, certamente num dia claro, já que era mês de agosto, nasceu Franscisco Alves Bezerra, o nosso ilustre poeta Chico Alves. 

Chico era o caçula dos meninos em uma família de cinco irmãos. Criado na roça, não teve acesso ao ensino formal, mas desde cedo aprendeu a gostar da natureza e do encanto dos versos através do seu pai, Sr. Messias (In memoriam) que era poeta e junto com ele chegava a perder o sono ouvindo programas de cantoria através das ondas do rádio. 

No começo da jornada de trabalho, passou uma temporada em São Paulo encarando a rotina pesada do trabalho braçal. 

Trabalhou em algumas empresas, até que um dia, Chico, amparado pela fé e a saudade da sua terra, retornou ao nordeste motivado a fazer o que realmente lhe fazia bem e alegrava a sua alma... Cantar!

A partir daí, o poeta Chico Alves começou a lapidar a "pedra bruta" do dom da poesia e a trilhar um caminho que o levou a lugares distantes e honrosos. 

O esforço, a dedicação, a humildade foram o combustível dessa jornada triunfal. 

Chico Alves cantou a vida, a alegria, a tristeza, a água, as flores, a seca, a fé, o amor, a história de forma acadêmica... e continua cantando! 

Sendo curioso, perseverante e autodidata, travou uma guerra contra as barreiras da falta da frequência escolar e ganhou conhecimento, não envergonhando em nenhuma ocasião as figuras ilustres com as quais laureou o seu universo profissional:

Lula, Collor de Melo na Casa da Dinda, Ciro Gomes, Lúcio Alcântara, Patativa do Assaré e muitas outras autoridades de diversos seguimentos.

Consolidou a sua carreira profissional disputando nos maiores festivais de repentistas do nordeste e boa parte do Brasil (cerca de 180 festivais), gravou Vinil (2 discos) , Cd's ( participação em mais de 30), Dvd's (Participação em mais de 20), organizou festivais (mais de 20 encontros culturais), apresentou vários programas de Rádio e foi reportado por jornais de grande circulação: Diário Popular de São Paulo, Diário do Nordeste e tantos outros. 

Criou o Projeto SESC na Feira (Apresentação artística de poetas, cordelistas, emboladores, repentistas, cancioneiros e outros profissionais do gênero no Centro comercial da Cidade de Iguatu - Abrigo Metálico, no primeiro sábado de cada mês), que hoje faz parte da programação mensal do SESC Cultura de Raiz na Região Centro-Sul.

Organizou o primeiro festival de repentistas na cidade de Iguatu no ano de 1997, e continuou realizando esse evento anualmente durante dez edições com a parceria do SESC de Iguatu, sendo hoje, o evento mais expressivo do gênero da cantoria da Região Centro -Sul do estado, fazendo parte das atividades culturais do SESC, chegando esse ano de 2018 a sua vigésima edição.

O poeta Chico Alves foi pioneiro na comercialização de produtos culturais e artigos da matéria cantoria na cidade de Iguatu.
No ano de 1999, implantou no centro comercial - Abrigo Metálico,  a "Exposição Cultural", uma banca que no seu mostruário, exibe uma constelação de poetas consagrados e seus trabalhos documentados em CD's, DVD's, Fitas, VHS, Cordéis, Livros, Documentários, e Vinis, fornecendo aos apreciadores dessa arte sublime a aquisição de materiais dessa natureza. 

Participou de centenas de palestras, gincanas, reuniões, feiras livres, saraus, projetos escolares, debates e encontros culturais no intuito de preservar a tradição da cantoria e conquistar novos espaços e adeptos pra arte do repente. 

Gravou diversos programas de televisão em canais como:

SBT, TV Cultura, TV Jangadeiro, TV Diário, TV Ceará, TV Verde Vale e etc. 

Cantou em emissoras de rádio de referência nacional, por exemplo: 

Rádio Imprensa, Rádio Atual, Rádio Bandeirantes, Rádio Record, Rádio Difusora Oeste de Osasco em São Paulo e dezenas de Rádios no Nordeste.

Estreou a sua carreira de poeta radialista no Programa Encontro de Violas, na Rádio Vale do Salgado das 11:00 ás 11:30h em Lavras da Mangabeira -CE. 

Apresentou o Programa Amanhecer no Sertão, ao lado do poeta Lourival Pereira, na Rádio Cidade de Iguatu (Hoje Rádio Liberdade), durante seis anos ininterruptos das 5:30 ás 6:00h.  

Durante dois anos na mesma emissora, apresentou o Programa Violas na Cidade com a participação de poetas da região Centro-sul das 12:20 ás 13:00h. 

Na Rádio Jornal de Iguatu, teve uma larga audiência durante mais de dez anos com o Programa Violas na Jornal, ao lado do poeta Vicente de Freitas e depois com o seu filho Jonas Bezerra das 18:00 ás 18:30h. 

Ainda na Rádio Jornal de Iguatu, apresentou durante quase cinco anos o Programa Café com Poesia das 5:00 ás 6:00h.  

Chico Alves reconhece que firmou seus primeiros passos ao lado de grandes cantadores: 

Lourival Pereira, Zé Ferreira, Louro Guedes, Ismael Pereira, Paulo Nascimento, Zé Altino, Vicente Correia, Dedé Barbosa, João Amaro ... 

e depois fez parceria de trabalho com os maiores expoentes do gênero da cantoria: 

Ivanildo Vila Nova, Geraldo Amâncio, Pedro Bandeira, Louro Branco, Valdir Teles, Os Nonatos, Sebastião da Silva, Moacir Laurentino, Raimundo Caetano, Zé Cardoso, João Lourenço, Raimundo Borges, Zé Viola, Severino Feitosa, Rogério Meneses e tantos outros. 

Chico Alves prestou relevantes trabalhos para o engrandecimento da cultura do repente.

Permanece construindo juntamente centenas de fãs, a grandeza da sabedoria popular e a identidade cultural do nosso povo através da cantoria.

Atualmente, Chico Alves também agrega as suas habilidades poéticas à palavra de Deus. Tornou-se um anunciante do Evangelho, enaltecendo o poder de Deus e agradecendo a Ele por cada dia de vida, através da poesia. 

Continua em plena atividade profissional, agora com um propósito ainda mais altruístico e Cristão, relevando nas suas apresentações as experiências de uma vida transformada pela Palavra de Deus.

Falar do poeta Chico Alves, é falar de alguém que conduz a simplicidade paralela ao amor, e faz da fé asas pra alcancar vôos mais altos, sem ganância, porém persistente, reconhecendo que além do sopro da vida, Deus lhe deu porção dobrada de sorte: Dois filhos repentistas (Jonas Bezerra e Joás Rodrigues) que darão continuidade ao seu legado, seguirão cantando a canção da vida e viajando através da inspiração pelos horizontes da esperança.  



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